Quarta, 04 Outubro 2017 00:00

Manifestação alerta a opinião pública sobre os riscos das privatizações

Vários oradores, além do ex-presidente Lula, representando sindicatos e entidades do movimento social, discursaram no ato público em defesa da soberania nacional. O presidente nacional da CUT, Wagner Freitas, disse ser este um momento importante: o de enfrentar a direita golpista e seu projeto entreguista. “É o momento de dialogarmos com a sociedade e perguntarmos se ela está satisfeita com a realidade de acirramento da crise econômica e social. Um momento de apresentarmos soluções alternativas que só virão com um governo dos trabalhadores, um governo que revogue todas as medidas deste governo golpista, como as reformas e os ataques às estatais”, defendeu.
Papel social
A presidenta do Sindicato, Adriana Nalesso, falou sobre a importância da participação dos bancários do BB e da Caixa no dia de protesto, além de diversas outras categorias de empresas públicas. “Para nós, bancários, este debate sobre a privatização dos bancos públicos tem de ser levado a toda a sociedade. A Caixa, por exemplo, detém hoje 70% de todo o crédito habitacional no país, atendendo, especialmente, a famílias de baixa renda. Nenhum banco privado vai conceder crédito mais barato para quem mais precisa”, constatou. Para a sindicalista, este é um debate sobre a cidadania, o direito que têm os cidadãos aos benefícios gerados pelas empresas públicas. “Hoje demos no Rio de Janeiro, uma demonstração de que o povo brasileiro não foge à luta”, afirmou.
João Paulo Rodrigues, do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e da Frente Brasil Popular, disse que é hora de a população ir às ruas e, no campo, ocupar terras para impedir o governo de privatizar as estatais.
Antes do ato em defesa da soberania, a Federação Nacional das Associações de Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), com o apoio da Contraf-CUT e das Associações de Pessoal da Caixa (Apcefs) lançou a campanha “Defenda a Caixa Você Também”, em frente ao prédio Almirante Barroso, que abriga a maior agência bancária da América Latina. No BB, o funcionalismo realizou uma paralisação no prédio do Sedan.

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