Segunda, 16 Setembro 2024 23:03

Sindicatos e COE repudiam postura do Itaú de propor acordo em troca de estabilidade no emprego

Proposta antiética é feita aos funcionários que estão em licença médica pelo INSS ou em estabilidade provisória

Os sindicatos e a COE (Comissão de Organização dos Empregados) do Itaú voltaram a expressar total repúdio à postura do banco, que tem chamado funcionários que estão adoecidos e em licença médica ou com estabilidades provisórias garantidas por lei, para que façam um acordo e deixem a empresa.
Muitos desses bancários e bancárias estão atualmente afastados pelo INSS, e o banco tem oferecido uma indenização em troca da desistência do afastamento e da estabilidade.
"É o próprio Itaú quem adoece seus funcionários com práticas de assédio moral e pressão psicológica para o atingimento de metas absurdas e, quando o trabalhador é afastado para tratamento, o banco age como se o bancário fosse descartável. É uma total falta de respeito com os funcionários que garantem os lucros recordes do banco sempre à custa da própria saúde dos trabalhadores, o que é uma desumanidade", criticou o diretor do Sindicato e funcionário do Itaú, Gilberto Leal.
A indenização proposta pelo Itaú inclui o plano de saúde, no qual o banco pretende oferecer valores em dinheiro ao invés de continuar custeando o benefício. Essa oferta, no entanto, implica na quitação plena de todos os direitos relacionados à saúde dos trabalhadores.

Decisão unilateral

O movimento sindical manifestou seu repúdio com essa decisão unilateral do banco, considerando-a uma prática que retira direitos dos trabalhadores e dá plena quitação ao contrato de trabalho, impedindo futuras ações judiciais.
O Itaú, por sua vez, alega que a decisão de aderir ou não ao acordo "cabe aos bancários" e que possui respaldo na nova legislação, referindo-se às mudanças promovidas pela reforma trabalhista criada no governo Temer.
O Sindicato orienta todos os bancários e bancárias que receberam essa proposta a procurar a entidade sindical.
As denúncias podem ser feitas ao Departamento Jurídico pelos telefones (21)2103-4104/4125/4128/4173 ou à Secretaria de Saúde (21) 2103-4106/4150/415.

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