Segunda, 26 Agosto 2024 10:34
CONECTADOS NA LUTA

Agora é mobilização total

Categoria bancária exige dos bancos, valorização e propostas dignas. Estamos Juntos por Respeito. Avança, Fenaban!

 

Carlos Vasconcellos 

Imprensa SeebRio 

A Campanha Nacional dos Bancários 2024 está a todo vapor. Nesta segunda-feira (26), a categoria está vestindo preto e há mobilização dos sindicatos em todo o país. 

Na Caixa Econômica Federal o diálogo está fluindo, com avanços nas reivindicações específicas. No BB e no Santander também há algumas sinalizações positivas nas negociações específicas e a expectativa é a mesma para Itaú e Bradesco, que aguardam o desenrolar da mesa única. 

As conquistas nas negociações não acontecem do nada. São fruto da mobilização dos bancários e bancárias. 

No entanto, a Fenaban está com o freio de mão puxado, o que requer uma pressão ainda mais forte. 

Os bancos propuseram reduzir direitos e reajuste salarial abaixo da inflação, o que impõe perdas à categoria. O Comando Nacional dos Bancários rejeitou a proposta de imediato na mesa de negociação. 

"Agora é mobilização total da categoria nos locais de trabalho e nas redes sociais para pressionarmos a Fenaban na mesa única e a Caixa, o Banco do Brasil e bancos privados a avançarem também nas mesas específicas. Estamos juntos também com os companheiros do BNDES e os financiários nessa luta por valorização e dignidade. Queremos uma proposta digna e o setor financeiro, o mais lucrativo do país, pode atender nossas reivindicações e conceder aumento real, PLR justa e um índice ainda maior para os tíquetes", disse o presidente do Sindicato do Rio José Ferreira, que faz parte do Comando e estará na mesa de negociação com a Fenaban desta terça-feira (27), em São Paulo. 

Campanha nas redes 

A orientação dos sindicatos é que todos utilizem nas postagens a hashtag #MerecemosRespeito, sempre marcando a Febraban - @febraban_oficial no Instagram e @Febraban para na Rede X.

A categoria reivindica ainda questões que envolvem a sociedade, como juros baixos e uma reforma tributária que tribute as grandes fortunas e os fundos de aplicação financeira no estrangeiro, como os offshores. 

Dinheiro de sobra

O movimento sindical tem razão ao afirmar que os bancos têm dinheiro de sobra para atender às reivindicações dos bancários. No primeiro semestre de 2024, os quatro maiores bancos (Itaú, Bradesco, Santander e BB) lucraram, juntos, R$ 54 bilhões, o que representa um aumento de 13% em relação ao mesmo período de 2023. E no ano passado, os bancos tiveram lucro de R$ 145 bilhões.

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