Segunda, 19 Agosto 2024 17:02
GESTÃO DESUMANA NO ITAÚ

COE repudia advertências e demissões de funcionários sem certificação CPA

 Maria Izabel e Jô Araújo em atividade da Campanha Salarial, no Rio: Itaú adoece e demite bancários sem certificações CPA10/CPA20 Maria Izabel e Jô Araújo em atividade da Campanha Salarial, no Rio: Itaú adoece e demite bancários sem certificações CPA10/CPA20

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú se reuniu com a direção do banco na manhã da última segunda-feira (19) para tratar de questões urgentes relacionadas às advertências aplicadas em decorrência da falta de certificação CPA10/CPA20 entre os funcionários.

Ampliação do prazo

Após pressão dos sindicatos, a direção do banco informou a suspensão das advertências emitidas até o momento e que concederá um prazo até setembro deste ano para que os funcionários regularizem sua situação. O movimento sindical considera o prazo muito curto e insuficiente para a regularização e repudia as demissões por justa causa para os empregados que não possuem essas certificações. A resolução do Banco Central não exige que todos os bancários de agências sejam certificados, sendo a mesma obrigatória apenas para aqueles que atuam na distribuição e mediação de títulos, valores mobiliários e derivados.
“Temos pressionado o banco em função dessas punições contra os bancários. O Itaú mudou as regras no meio do caminho e, além de adoecer os funcionários com metas desumanas, ainda cobra as certificações de trabalhadores que, muitas vezes, estão com doenças psíquicas causadas pela pressão sofrida pela gestão do banco e, portanto, sem condições psicológicas de se concentrar para estes exames exigidos”, disse a diretora do Sindicato do Rio, Maria Izabel, representante da COE.
“Queremos discutir esta questão com seriedade e cobramos que os casos sejam avaliados individualmente, levando-se em consideração a saúde e as condições psíquicas do bancário e pedimos um prazo maior para o funcionário se preparar para os exames e obter as certificações. O banco usa estas exigências para pressionar e demitir bancários”, criticou Izabel.
O banco se comprometeu a analisar a possibilidade de ampliação do prazo e de permitir a avaliação individual desses casos.
A COE quer ainda uma reunião específica para debater as medidas disciplinares que o banco vem aplicando nos funcionários. Nos últimos tempos, muitos trabalhadores têm procurado os sindicatos relatando demissões por justa causa.

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