A primeira reivindicação apresentada pelos trabalhadores do Santander sobre saúde e condições de trabalho foi a manutenção da assistência médica aos aposentados, com mais de cinco anos de contrato com o banco, nas mesmas condições da ativa. Na avaliação dos sindicatos, só as tarifas pagas pelos clientes cobrem duas vezes a folha salarial dos funcionários do banco.
O Santander lucrou, no primeiro semestre de 2024, R$ 6,18 bilhões, crescimento de 46,9% em relação ao mesmo período de 2023. "O banco tem todas as condições de atender as nossas reivindicações”, afirmou o diretor do Sindicato do Rio e representante da COE, Marcos Vicente.

Plano de qualidade 

Os representantes dos trabalhadores reivindicam um plano de saúde de qualidade e com ampla rede de atendimento credenciada aos seus empregados, sem qualquer distinção em relação a cargos ou funções, com toda a cobertura médica e hospitalar.
Outra questão importante é a falta de reembolso para a grande maioria dos funcionários.
Os bancários reivindicam ainda a não cobrança da coparticipação para portadores de doenças crônicas, degenerativas, Aids, para pessoas com deficiência (PCDs) e neurodivergentes, bem como o limite de 10% dos salários na cobrança para todos os trabalhadores e transparência das informações do contrato.

Metas e adoecimento 

A COE cobrou também a suspensão de metas após o retorno de licença saúde por um período de 60 dias, sem que haja prejuízo financeiro para o bancário. Os sindicalistas lembraram que o setor financeiro é o que mais adoece os trabalhadores mentalmente, o que torna insustentável a manutenção de metas e pressão para o funcionário que retorna da licença médica para tratamento da doença adquirida no trabalho.
Os sindicalistas reivindicaram também melhores condições de trabalho e o fornecimento de aparelhos de telefones aos empregados que estão em teletrabalho e trabalho externo, essenciais à execução de suas atividades.
O banco Santander se comprometeu a trazer uma resposta das cláusulas sociais na próxima reunião, agendada para 9 de agosto. Está prevista uma outra reunião, no próximo dia 16, sobre cláusulas financeiras.