Terça, 30 Julho 2024 16:50

Sindicato participa de protesto nacional pela redução da Selic

Durante o protesto, o presidente do Sindicato, José Ferreira, critica efeitos nocivos da Selic alta: "Lojas fechadas do Centro do Rio são um exemplo", disse. Foto: Nando Neves. Durante o protesto, o presidente do Sindicato, José Ferreira, critica efeitos nocivos da Selic alta: "Lojas fechadas do Centro do Rio são um exemplo", disse. Foto: Nando Neves.

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Imprensa SeebRio

Diretores do Sindicato dos Bancários e Financiários do Rio de Janeiro participaram nesta terça-feira (30/7) de uma manifestação no Boulevard da Rio Branco em frente à Estação Carioca do Metrô. O protesto fez parte de uma mobilização nacional, convocada pelas centrais sindicais, sindicatos e movimentos populares para pressionar o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central a reduzir a taxa básica de juros, a Selic, em reunião nesta quarta-feira. O tema do protesto foi “Menos juros, mais emprego”.

A redução é também cobrada pelo governo. Quando Lula voltou à Presidência, em janeiro de 2023, a taxa era de 13,75% ao ano. Em agosto, começou a cair paulatinamente até chegar a 10,5% ao ano em maio. A manutenção das taxas atuais impede a ampliação do crescimento econômico e da geração de emprego e renda, além de aumentar a dívida pública cujos papéis estão nas mãos dos bancos e de outros grandes especuladores.

A expectativa do mercado, o principal orientador do Copom do BC independente, é que o colegiado irá manter a taxa Selic em 10,5% ao ano. O índice torna a taxa básica de juros do Brasil uma das maiores em termos reais (descontada a inflação) do mundo, com reflexos negativos para o crescimento do país, porque influencia todas as outras taxas da economia.

Presente ao ato, o presidente do Sindicato, José Ferreira, criticou os efeitos nocivos da manutenção dos patamares atuais da Selic. “O Centro da cidade do Rio de Janeiro é um exemplo. Com muitas lojas fechadas o que significa a perda de um grande número de empregos, redução na contribuição dos impostos que ajudam a sustentar as políticas sociais de cada governo”, exemplificou.

Ressaltou que para a retomada de um ciclo mais consistente de desenvolvimento econômico com a geração de empregos e a melhoria na renda dos trabalhadores é preciso que o Banco Central adote uma outra postura e não a atual que privilegia quem vive de renda.

Caravana da campanha salarial – Mais cedo o Sindicato levou sua caravana da Campanha Nacional para a região do Largo da Carioca. Os diretores da entidade realizaram também reuniões com bancários de diversos bancos para divulgação da campanha, falando das negociações que já ocorreram e também das próximas que estão por vir.

As próximas rodadas sobre temas ligados às reivindicações econômicas estão marcadas para o próximo dia 6 e 13 de agosto. Foram visitadas agências da Rua da Carioca e Rua da Assembleia, entre elas as da Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Itaú, Bradesco e Santander.

Estão previstas novas mobilizações nacionais como parte da campanha, para a próxima quinta-feira. A ideia é aumentar a pressão para que as negociações avancem.

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