Em São Paulo, o Sindicato dos Bancários recebe frequentes denúncias de que gestores estão pressionando e perseguindo bancários por usarem barba. O banco não pode interferir na individualidade e em questões da identidade do empregado. O diretor do Sindicato do Rio, Marcelo Ribeiro, percorrendo agências de vários bancos, recebeu reclamações de que, por aqui, o problema também acontece. O Bradesco não tem, em seus normativos, nenhuma orientação que proíba o uso de barba.

“É necessário que a direção do banco reoriente seus gestores. Não vamos aceitar nenhuma forma de discriminação e muito menos demissões por causa das preferências estéticas do bancário. Isto é um absurdo”, afirma Marcelo.

O problema não é de hoje. Em 2010, o banco foi condenado pela Justiça do Trabalho a pagar indenização de R$100 mil, valor que foi destinado ao FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), por causa da “discriminação estética” aos funcionários. Os bancários que se sentirem discriminados devem denunciar ao Sindicato pelos telefones 2103-4121/4124/4172.