Quarta, 18 Outubro 2017 00:00

Pressão dos empregados adia votação da proposta de transformar a Caixa em S/A

A pressão do movimento nacional dos empregados da Caixa Econômica Federal fez com que o Conselho de Administração do banco adiasse para novembro, a votação da proposta de transformar a estatal em sociedade anônima, que aconteceria nesta quarta-feira (18/10). Para o vice-presidente do Sindicato, Paulo Matileti, a participação do funcionalismo da Caixa e de todas as entidades que o representa fez a diferença. No Rio, o ato foi em frente ao prédio da Barroso, do qual participaram entidades sindicais bancárias e de outras categorias, encerrado com um abraço simbólico à principal unidade da estatal no estado.
“Os protestos deste Dia Nacional de Luta em Defesa da Caixa Pública nos estados e o lançamento, nesta terça-feira, da Frente Parlamentar em Defesa da Caixa na Câmara dos Deputados, em Brasília, forçou o adiamento”, avaliou Matileti. Na análise do diretor do Sindicato, José Ferreira, o movimento dos empregados do banco venceu uma primeira e importante batalha contra a privatização. “Mas para vencer esta guerra é preciso ampliar mais ainda a nossa luta, com a unidade e participação de todos”, afirmou.


Resistência é fundamental


A presidenta do Sindicato, Adriana Nalesso, afirmou, durante o ato em frente ao Barrosão, que este é um momento importante, de resistência dos empregados da CEF e de diálogo com toda a sociedade. “A sociedade precisa ser alertada sobre os prejuízos que viriam caso a estatal fosse vendida aos bancos privados. O projeto do governo Temer, lembrou, é entregar os bancos públicos aos banqueiros privados que só pensam em aumentar seus lucros.
“Isto significaria o fim de instituições, como a Caixa, que financiam o desenvolvimento do país, com crédito mais barato para atender pequenas e médias empresas e programas sociais voltados à população mais carente”, afirmou Adriana. Para Rita Serrano, representante dos empregados no Conselho de Administração da Caixa, as mobilizações e audiências púbicas têm que continuar.

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