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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
A despeito da intervenção federal na segurança pública do Estado do Rio de Janeiro, através da presença de forças militares, é bom que se diga, que Michel Temer, por hora derrotado na falta de votos para aprovar a reforma da Previdência, criou um factoide eleitoreiro para tentar salvar a imagem de seu governo, o mais impopular da história, e ganhar algum fôlego nas eleições presidenciais e para governador deste ano, com uma candidatura própria do PMDB ou em apoio ao tucano Geraldo Alckmim (PSDB). A jogada, mais um golpe, conta com o apoio de sempre da grande mídia, especialmente das Organizações Globo. Até setores militares consideram a medida, sem nenhum planejamento, inócua, e sem efeitos sólidos a longo prazo. Fato é que a medida não ataca as causas, mas é uma performance de marketing político, paliativa, que tenta conter as consequências do caos social em que o país vive, aprofundado pelo governo Temer.
É bom lembrar também, que os excessos cometidos por foças coercitivas, que têm uma tradição arbitrária, como a polícia e o Exército, costuma cometer abusos contra os pobres, como a decisão do mandado coletivo de apreensão e buscas, sempre nas favelas e periferias, onde está o varejo do tráfico, nunca nas mansões e condomínios da Zona Sul e Barra da Tijuca, onde só uma decisão judicial permite este tipo de ação. Como muito bem disse o jornal Meia Hora em sua manchete: “mandado de apreensão e busca na casa dos outros é refresco. Quero ver é fazer isso nas mansões dos barões do tráfico”.