Segunda, 23 Outubro 2017 00:00

Rol de escravistas ganha mais nomes

A chamada “lista suja” de empregadores que se beneficiam do trabalho análogo à escravidão subiu 49 nomes, além dos que o governo apresentou. Entre eles, estão empreendimentos de grande porte do agronegócio como a JBS dos irmãos Batista e a indústria de cítrico Cutrale, do maior produtor de suco de laranja do país, José Cutrale.
O rol é atualizado a cada semestre. A última atualização deveria ter sido feita em setembro, mas não aconteceu, por causa da polêmica gerada pelas mudanças no conceito de trabalho escravo que o governo ilegítimo de Temer introduziu via portaria ministerial 1.129/2017.
São 131 os nomes notificados dos empregadores que praticam o trabalho escravo. Mas se forem seguidas as novas normas de regaste de trabalhadores em regime semelhante ao trabalho escravo, a maioria dos nomes desses empregadores não terá divulgação. Para entrar na “lista suja”, o nome do empregador passará pelo crivo do ministro do Trabalho. O atual ministro desta pasta, Ronaldo Nogueira está submetido às pressões da bancada ruralista do Congresso Nacional, que conta com centenas de parlamentares. Por isso, é fundamental a pressão popular para derrubar os efeitos da portaria 1.129/2017.

Mídia