Quinta, 30 Novembro 2017 00:00

Luta em defesa da Caixa unifica empregados

Para organizar a luta visando barrar a transformação da Caixa Econômica Federal de banco público em Sociedade Anônima (SA), reuniram-se, na noite desta segunda-feira (30/10) dirigentes do Sindicato e de todas as associações de empregados da ativa e de aposentados do banco. Entre as decisões está uma reunião com os delegados sindicais, no dia 8, às 9 horas, no auditório do Sindicato, quando serão definidas as estratégias para a campanha em defesa do banco.
Além disto, será lançado um Comitê Estadual em Defesa da Caixa Pública, no dia 23 de novembro, às 18h30, em local a ser definido. O Comitê Nacional será lançado nesta terça-feira (31/10), em Brasília. Os principais objetivos do Comitê são mobilizar o funcionalismo do banco, dialogar com os vários setores da sociedade a respeito da importância da Caixa pública para o desenvolvimento do país e dos prejuízos que viriam com a venda do banco, além de realizar um corpo a corpo junto a parlamentares federais e estaduais, prefeitos e vereadores.
O novo golpe de Temer
A reunião foi a resposta a mais um duro golpe do governo Temer contra a população brasileira. Através da secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi, foi anunciado que a Caixa passaria a ser uma S/A. A decisão abre as portas para a abertura de capital e a consequente privatização do banco.
Hoje, 100% pública, a Caixa é voltada para o desenvolvimento do país, através do financiamento de programas sociais, da habitação e saneamento a juros menores, programas de crédito mais barato a micro e pequenos empresários, pagamento de seguro desemprego, além da administração de fundos do trabalhador, como o FGTS e o PIS. Ao se tornar S/A e colocar suas ações em Bolsa, passará a atender aos interesses dos acionistas, ou seja, a obtenção do lucro, e não o investimento social.
Banco chinês
A secretária do Tesouro negou que a intenção de Temer seja abrir o capital da Caixa, privatizando-a através da venda de suas ações. “Esta é mais uma forma de enganar a população e desmobilizar os trabalhadores, a fim de reduzir a resistência à entrega da CEF aos bancos privados”, afirmou o vice-presidente do Sindicato, Paulo Matileti. Segundo a imprensa, a venda seria para um banco chinês.
Para Rita Serrano, representante dos empregados no Conselho de Administração da estatal, esta é mais uma falácia de Temer. “Não se transforma uma empresa pública em sociedade anônima sem a intenção de colocar suas ações à venda”, argumentou.

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