É bom que os brasileiros, apavorados com a violência, fruto da miséria e do desemprego, fiquem de olho e não caiam no discurso fácil e cheio de ódio do representante da extrema-direita. Em palestra realizada para empresários, na última segunda-feira, 21, o pré-candidato à presidência da República pelo PSL, capitão Jair Bolsonaro defendeu a reforma trabalhista de Temer e até formas mais duras de retirar direitos do trabalhador ao afirmar que “as leis trabalhistas no Brasil devem beirar a informalidade” e que “perder direitos” é necessário para gerar empregos, o que contradiz a realidade dos países mais desenvolvidos e com melhores índices de IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do mundo, como Suécia, Noruega e Dinamarca.
Ou seja, Bolsonaro quer tornar o trabalho tão precário que seja similar ao biscate e trabalho informal, sem nenhum direito e sem condições mínimas de trabalho. Os empresários, claro, aplaudiram a afirmação, confirmando o que dizia o mestre Darcy Ribeiro, que a burguesia brasileira é a mais perversa do mundo.
Fica claro que o candidato falastrão, cheio de clichês e fake news está do lado dos patrões e que a situação para o povo brasileiro poderá ficar ainda pior caso o defensor da ditadura militar chegue ao poder.
Mais violência
Em relação à reforma agrária e aos movimentos de trabalhadores sem-terra e sem-teto, Bolsonaro deixou claro que seu único projeto é o lema: “invadiu, é chumbo”. Declarou ainda no encontro que “violência se combate com mais violência”, contrariando as experiências mais exitosos do chamado primeiro mundo, que é reduzir a quase zero a violência com educação integral de qualidade, saúde pública, estado de bem-estar social, pleno emprego, distribuição de renda e igualde de direitos.