Quarta, 23 Mai 2018 19:47

CAPITALISMO SELVAGEM - Patrões retiram direitos para manter níveis de lucratividade

CONDIÇÕES DEGRADANTES -  Bruno Moreno: “com terceirização e a negociação individual, empregado tende a se submeter a condições degradantes de trabalho para não perder o emprego” CONDIÇÕES DEGRADANTES - Bruno Moreno: “com terceirização e a negociação individual, empregado tende a se submeter a condições degradantes de trabalho para não perder o emprego”

Acordos individuais levam trabalhador a se submeter a condições degradantes de trabalho e tentam enfraquecer poder de negociação dos sindicatos

A retirada de direitos, através das reformas do governo Temer e o achatamento salarial têm como objetivo principal a redução de custos com a mão-de-obra para que o capital consiga manter os patamares de lucros anteriores à crise internacional de 2009 e 2011. A afirmação foi feita pelo assessor jurídico da Fetraf-RJ/ES, Bruno Moreno, que encerrou os painéis de debates da 20ª Conferência Interestadual dos Bancários RJ/ES, realizada no último sábado (19), em Três Rios. Bruno ressaltou que a alteração da legislação trabalhista, que cria novos parâmetros nas relações de trabalho, tem a lógica de “substituir mão-de-obra com mais direitos por trabalho precarizado”.
Alertou que os patrões podem agora terceirizar qualquer atividade de suas empresas e foram criadas alternativas ao acordo coletivo, com o objetivo de enfraquecer o poder e o papel dos sindicatos nas negociações.
“O trabalhador agora pode pactuar individualmente seus direitos, mas é evidente que ele é a parte mais frágil da negociação. Ameaçados pela terceirização, os empregados vão se submeter a perda de direitos e qualquer nível de condição de trabalho para não perder o emprego”, afirmou.

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