Porque os brasileiros pagam um preço tão alto pelos combustíveis e gás de cozinha e há seguidos reajustes, que prejudicam tanto o consumidor e todo povo brasileiro? 
A crise que resultou na maior greve dos caminhoneiros da história e que teve o apoio de toda a sociedade, tem nome: o preço final pago pela população na bomba dos postos de gasolina e na revenda de gás de cozinha é fruto de uma política imposta pelo governo Michel Temer (MDB). O Palácio do Planalto e o atual presidente da Petrobras, Pedro Parente, praticam uma política de preços fraudulenta, que desconsidera o custo real da produção do barril de petróleo do Brasil – em torno de 17 dólares – e leva em consideração os valores do barril negociado no mercado especulativo estrangeiro, cujo custo é muito mais elevado em função dos interesses especulativos de empresas importadoras, atingindo cerca de 90 dólares, o barril. 
Porque tão caro
Na avaliação de especialistas, o valor do óleo diesel, por exemplo, caso o governo privilegiasse a produção nacional e o interesse público do consumidor brasileiro, estaria custando em torno de R$2,80 o litro. O preço atual é de cerca de R$3,52, o segundo mais alto da década. 
“O valor de hoje remete ao custo do período do auge da crise internacional do petróleo, em 2008, quando o preço do barril do petróleo explodiu, chegando a cerca de US$140”, destaca o vice-presidente da Contraf-CUT, Vinícius de Assumpção. Enquanto o barril caiu para cerca de US$80, em valores atuais, o governo Temer continuou elevando o preço dos combustíveis para privilegiar a especulação e as empresas importadoras. 
Temer tornou ociosa 1/3 da capacidade da produção nacional para atender aos lucros das empresas importadoras e de multinacionais do setor, empurrando o preço superfaturado para o povo brasileiro. Por trás desta política, está também o projeto de esvaziar a Petrobras para a privatização desta que é a maior estatal e mais importante empresa brasileira.
Greve dos Petroleiros
Em resposta a esta política que atende aos interesses do capital privado, em especial, o estrangeiro, e aos ataques ao patrimônio público nacional e a soberania do país, os petroleiros farão uma greve de 72 horas a partir desta quarta-feira, dia 30 de maio.