Os funcionários que estiverem em licença saúde acima de 90 dias não serão mais descomissionados ao retornarem ao trabalho. A decisão foi comunicada pelo presidente do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli, aos participantes do Inspira BB, na Sala São Paulo, no último sábado. Apesar de ser funcionário de carreira, afirmou desconhecer o prejuízo imposto a quem estivesse nestas condições.

“Não sabia que o funcionário que volta de um tratamento, como foi o caso do Rodrigo, vira posto efetivo (escriturário). Esta semana, já com o apoio da Diretoria de Pessoas (Dipes), nós já aprovamos que pessoas que estiverem na mesma situação que o Rodrigo, vão voltar para o seu cargo comissionado. Ele, inclusive, já está comissionado esta semana”, afirmou Caffarelli. Referia-se ao funcionário Rodrigo Machado, que tinha leucemia, e ficou em licença médica durante anos, tendo perdido a comissão.

Poucos minutos antes, o próprio Rodrigo contou a sua história de luta contra a doença. Do transplante da medula de sua irmã, da luta contra uma outra doença grave, e de como ele, mesmo ainda em tratamento, competiu na Olimpíada Mundial de Transplantados, conquistando várias medalhas de ouro e prata, na natação.

A diretora do Sindicato e integrante da Comissão de Empresa, Rita Mota, lembrou que o não descomissionamento de quem ultrapassa 90 dias em licença médica é uma antiga reivindicação do movimento sindical. A decisão do presidente do BB atende a este pleito que consta das minutas apresentadas à Fenaban. Rita lembrou da importância da Cassi para os funcionários e seus dependentes. “Se não tivéssemos a Cassi, um plano solidário, não teríamos condições de arcar com o custo do tratamento do colega, que é de alta complexidade”, afirmou.

(O trecho do vídeo onde aparece o comunicado do presidente do BB pode ser visto no link htpps//youtu.be/BUNnkEwumbw, a partir de 4h08min46s).