Segunda, 19 Fevereiro 2018 00:00

Paralisação é resposta dos bancários contra a reforma da Previdência

Com uma paralisação em todos os estados do país, os bancários deram a sua resposta à insistência do governo Temer em tentar aprovar a emenda da reforma da Previdência. No Rio de Janeiro pararam até o meio-dia 25 agências e dois prédios administrativos do Centro da Cidade – o da Caixa Econômica Federal da Avenida Almirante Barroso (Barrosão) e o Banco do Brasil da Senador Dantas (Sedan).
O factoide da intervenção
Como foi definido em assembleia, a categoria está em estado de greve no Rio de Janeiro, já que Temer fala em suspender a tramitação da reforma em decorrência da exigência constitucional neste sentido, em função da intervenção militar no Rio de Janeiro, mas não deixa claro se a suspensão será definitiva em sua gestão. Encobrir a derrota do governo, que devido à pressão dos trabalhadores e a proximidade das eleições, não tem os votos necessários para aprovar as mudanças, vem sendo apontada como um dos motivos da intervenção.
Para a presidenta do Sindicato dos Bancários Rio, Adriana Nalesso, é preciso cautela e manter a luta. “O governo não tem os votos necessários. Por isso, inclusive, está usando a estratégia de desvio de atenção do tema com a intervenção militar no Rio de Janeiro. Nós temos condições de pressionar os congressistas em ano de eleição. Nossa categoria tem consciência disso e está mobilizada. No que depender dos bancários a reforma da Previdência está enterrada”, avalia Adriana.
Truculência da PM
Durante a paralisação no prédio da Caixa no Rio, o uso da violência, com a detenção do bancário e ex-presidente da CUT/RJ, Darby Igayara, pela Polícia Militar, foi apontada pelo sindicalista como um sinal de aumento do uso da força, como sintoma do anúncio da intervenção militar. Avaliou que a mão pesada do Estado prepara-se para atuar contra os trabalhadores de forma severa. Os policiais forçaram o piquete na porta da Caixa a abrir espaço e passaram a chamar os trabalhadores em greve a entrar. Darby tentou explicar que se tratava de um movimento pacífico contra a reforma. Foi acusado de desacato e preso.

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