Segunda, 06 Novembro 2017 00:00

Bradesco tem recorde no lucro e nas demissões

Ao contrário do que afirma em sua propaganda, o Bradesco mostra não ter o mínimo res­peito pelas pessoas. Mesmo tendo alcançado nos primeiros nove meses do ano, um lucro de R$ 14, 162 bilhões, o melhor resul­tado obtido pelo banco no período em toda a sua história, o Bradesco demitiu nos três primeiros trimestres de 2017 um nú­mero igualmente recorde: 7.400 bancários através do Plano de Desligamento Voluntário Especial (PDVE), além dos 1.834 dispensados fora do plano de janeiro a setembro deste ano.
O diretor do Sindicato e membro da Comissão de Organização dos Empregados (COE), Marcelo Pereira, condenou as demissões em massa motivadas unicamente pela ganância. E lembrou que este comportamento mostra que o Bradesco trata com desrespeito também os clientes. “Além de jogar milhares de bancários e suas famílias no desemprego, com as demissões aumenta a carga de trabalho para os que ficam e faz cair a qualidade do atendimento, em prejuízo dos clientes”, afirma. Segundo Marcelo, o único objetivo do Bradesco é o lucro, não tendo qualquer responsabilidade social.
Demissões crescentes
As demissões têm sido crescentes no Bradesco. Em 2015, antes da compra do HSBC, nos dois bancos trabalhavam 112.814 bancários. Já em 2016, após a fusão, este número caiu para 109.922, despencando este ano para 100.688 (PDVE mais demissões fora do plano, até setembro de 2017). “Foram 12.126 postos de trabalho extintos de 2015 até hoje”, constatou Marcelo.
Já o lucro seguiu em direção inversa. Nos últimos quatro anos, à exceção de 2016, quando houve um pequeno recuo no ritmo de crescimento, os resultados foram sempre maiores a cada ano, quando se compara o resultado obtido nos nove primeiros meses: R$ 11, 227 bilhões, em 2014; R$ 13, 311 bilhões, em 2015; R$ 12,736 bilhões, em 2016; e R$ 14, 162 bilhões, em 2017, um recorde da série histórica.

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