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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Mesmo debaixo de uma chuva intensa, uma passeata com a presença de diversas categorias, entre elas, bancários, comerciários, petroleiros, trabalhadores da educação e da saúde, movimento negro, de mulheres e das frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular, entre outras, encerrou, no Rio de Janeiro, o Dia Nacional de Paralisações e Manifestações Contra a Reforma da Previdência. O protesto foi convocado pelas centrais sindicais, como a CUT, CTB, Conlutas e Intersindical. Ocorreram paralisações e atos nas principais cidades do país e em Brasília.
Na passeata carioca, os oradores que discursaram do alto do caminhão de som criticaram o governo Temer pela tentativa de retirar direitos previdenciários e por, agora, decretar intervenção militar no estado. Todos avaliaram que a medida não resolverá o problema da segurança e terá efeitos nocivos principalmente para a população mais pobre.
O presidente do Sindicato dos Radialistas, Leonel Quirino, classificou este como mais um ato autoritário que só poderia vir de um governo golpista. Para o vice-presidente do Sindicato dos Bancários, Paulo Matileti, este é mais um ataque à frágil democracia brasileira. “O que a população brasileira precisa é de um governo que a respeite, trabalhe para reduzir a desigualdade social e que, na segurança pública, dê condições da polícia investigar, agir com inteligência, e desarticular o crime organizado”, defendeu Matileti.
Reforma suspensa
Durante a passeata chegou a informação de que a tramitação da emenda da reforma previdenciária havia sido suspensa. E que isto teria acontecido em função da Constituição Federal proibir a análise de emendas constitucionais, durante a vigência de uma intervenção. Mas todos foram unânimes em manter a guarda. “O dia das manifestações nacionais foi escolhido pela CUT em dezembro, quando anunciaram que a votação da ‘Deforma da Previdência’ seria em 19 de fevereiro. A data foi adiada, mas mantivemos o Dia Nacional de Luta como um alerta aos governantes. Precisamos nos manter atentos até que tudo fique mais claro”, afirmou Eduarda Quiroga Fernandes, diretora da CUT do Rio de Janeiro.