Nesta quinta-feira (8/11), na mesa permanente de negociação permanente com sindicatos e a Comissão Executiva dos Empregados (CEE), a diretoria da Caixa Econômica Federal se comprometeu e não aumentar até 31 de dezembro de 2019 o valor pago pelos associados do Saúde Caixa e manter o atual modelo de custeio pelo mesmo período, além da segregação contábil. Uma nova rodada foi marcada para esta quinta-feira.

Na mesa de negociação, os representantes dos empregados realizaram ato em defesa da Caixa 100% Pública. Foi um protesto contra os ataques que o banco e demais empresas públicas vêm sofrendo por parte do governo Temer.

Conquista

Em uma negociação anterior, a Caixa tinha proposto manter o mesmo valor da mensalidade até janeiro de 2019, sendo considerada uma conquista a extensão até o fim de 2019. A manutenção do modelo de custeio também é muito importante, uma vez que a intenção do banco era impor um teto de 6,5% da folha de pagamento anual como limitador para gastos com Saúde Caixa

A conquista da manutenção do modelo de custeio se torna ainda mais importante diante dos ataques do governo Temer aos planos do setor público. No final de julho foi revelada a intenção de mudar a forma de custeio dos planos de saúde de trabalhadores de empresas estatais, impondo mais custos aos empregados públicos.

Pelas regras atuais do Saúde Caixa, o banco arca com 70% do custeio, e os empregados, 30%. A porcentagem relativa aos trabalhadores é mantida por meio de 2% do valor do salário, mais 20% de coparticipação nos procedimentos médicos, limitado a R$ 2.400. Também não discrimina idade, faixa salarial ou se o empregado é aposentado ou da ativa. Todos pagam o mesmo valor.