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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Nesta quarta-feira (8), militantes do Movimento Nacional de Reforma Urbana (MNRU), juntamente com a União de Moradia Popular do Rio de Janeiro realizaram um ato em defesa da moradia popular, e em defesa da Caixa 100% Pública, no Largo da Carioca. O MNRU está nas ruas, ao lado de outros movimentos como o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) pressionando o governo por moradias dignas para os trabalhadores
Com faixas de apoio ao movimento por uma “Caixa 100% Pública” e “Golpistas querem acabar com o direito à moradia popular” e “UMP – Pelo direito à moradia popular e digna – nenhum direito a menos”, os manifestantes se concentraram no Largo da Carioca e em seguida tentaram ocupar o centro Cultural da Caixa, mas foram impedidos.
Cala boca
Só cresce a fila de pedidos de financiamento da casa própria para as famílias com renda de até R$4 mil, dentro do programa Minha Casa Minha Vida. O anúncio da Caixa de que vai liberar de R$8,7 bilhões para financiamentos habitacionais é um cala boca, neste momento em que o governo necessita de apoio para aprovar projetos de seu interesse. A situação da habitação popular promete piorar em 2018, com estrangulamento da Caixa, cuja carteira imobiliária cresceu 20%, mas os financiamentos não passaram de R$72 míseros bilhões.
Faltam moradias
Segundo pesquisa da Fundação João Pinheiro, cerca de 6 milhões de famílias brasileiras não têm acesso à moradia digna. Além da habitação precária e a coabitação familiar, os preços dos aluguéis consomem 30% ou mais da renda familiar de famílias com até três salários mínimos Entre 2008 e 2014, segundo o índice FipeZap, o aumento médio do preço de alugueis, em São Paulo, foi de 97% e, no Rio de Janeiro, de 144%, para uma inflação na faixa de 40% IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).
A urbanização brasileira é marcada por uma profunda segregação social e espacial, criando dois tipos diferentes de cidade no mesmo território: de um lado, estão concentrados os serviços e a infraestrutura necessários para uma vida digna na cidade (transporte, iluminação, saneamento, segurança pública, etc.), enquanto, nas periferias, milhões de pessoas vivem em condições altamente precárias sob todos os aspectos citados.