Crise econômica se combate é com geração de emprego e renda, fortalecendo o mercado interno e protegendo o país das nuances da economia internacional e dos ataques especulativos externos. Porém, o governo Michel Temer insiste em uma política econômica recessiva e neoliberal, que extingue direitos e reduz a renda média dos brasileiros. Na direção contrária, a luta dos trabalhadores por melhores salários e condições de trabalho é positiva não somente para as respectivas categorias, mas contribuem também para o crescimento da economia. É o caso da Campanha Nacional dos Bancários 2017, que injetará R$ 7,9 bilhões na economia, em doze meses. 
A maior parte deste valor vem da PLR de R$ 6,297 bilhões. O reajuste salarial, que foi de 2,75% – somatória da reposição do INPC mais 1,0% de ganho real – representou um acréscimo anual de cerca de R$ 1,4 bilhões. Além disso, o reajuste de 2,75% que também foi aplicado nos auxílios alimentação e refeição, respectivamente, somam mais R$ 213,6 milhões. Os dados são baseados nos números da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), do Ministério do Trabalho, divulgada em 2016, quando o número de bancários no Brasil era de 485.719. No total, contando os dois anos do acordo, são cerca de R$20 bilhões injetados no mercado. 
“Mais do que nunca será fundamental para os trabalhadores o fortalecimento das entidades sindicais e das lutas em defesa dos direitos e por melhor salários e condições de vida e de trabalho. Numa conjuntura tão adversa, não há dúvidas de que esta estratégia do acordo de dois anos é vitoriosa. Mais uma vez ficou provado que os patrões não fazem nenhuma concessão, ao contrário, se puderem, tiram direitos e reduzem remuneração dos empregados, como fizeram ao idealizar e apoiar esta Reforma Trabalhista. Somente com a organização, unidade e luta, conseguiremos impedir os efeitos nocivos destes ataques e garantir as nossas conquistas”, destaca a presidenta do Sindicato dos Bancários do Rio, Adriana Nalesso.