O número de pessoas que passam fome no mundo aumentou pela primeira vez em mais de uma década, afetando agora 11% da população mundial. Os números de um relatório da ONU divulgado em setembro deste ano, confirma que, entre as principais causas, estão as crises econômicas que afetam o capitalismo internacional. O que a imprensa mundial não admite é que a situação é agravada pelo avanço das políticas neoliberais, que concentram mais a renda e aprofundam as desigualdades sociais. Conflitos globais também estão entre os problemas que elevam a fome no mundo, muitos causados pelas próprias potências econômicas mundiais, como os EUA, por interesse do capital internacional em áreas estratégias, como nos países produtores de petróleo, ou para alavancar a indústria bélica, uma das mais poderosas do mundo.
Em seu informe anual sobre a situação alimentícia, as Nações Unidas afirmaram que 815 milhões de pessoas sofreram de desnutrição crônica no ano passado, 38 milhões a mais do que em 2015.
Cerca de 60% das pessoas que passam fome se encontram em zonas de conflito. No relatório, a ONU informa que 20 milhões de pessoas enfrentam a miséria e a fome no Sudão do Sul, no Norte da Nigéria, Somália e Iêmen.