Desde 25 de novembro está em curso a campanha “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres”, com atividades simultâneas em 160 países. No Brasil as atividades começaram em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra. O encerramento será em 6 de dezembro, Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência Contra as Mulheres.
“É muito importante que num país com toda a história de massacre do povo negro, em especial, da mulher negra, que hoje é quem mais sofre com todas as opressões do capitalismo e do machismo a campanha tenha se iniciado no Dia da Consciência Negra”, afirmou a diretora da Secretaria de Políticas Sociais do Sindicato, Kátia Branco. Acrescentou ser igualmente simbólico e de fundamental importância que a campanha tenha como marco significativo o Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência Contra as Mulheres, num momento em que se verifica o aumento da violência e o avanço do conservadorismo no país, com a tramitação de projetos de lei que buscam retirar direitos conquistados pelas mulheres depois de décadas de lutas.
Homens e mulheres
Para Kátia é importante que homens e mulheres estejam juntos pelo fim da violência de gênero. Alertou sobre o avanço de projetos conservadores. “É vergonhoso ver este Congresso Nacional – manchado pelo golpe contra uma mulher eleita democraticamente e que não cometeu crime algum – proibir a interrupção da gestação nos casos já previstos em lei. Precisamos do aborto legal e seguro. Precisamos de respeito, de mais creches, melhorar a garantir a licenças-maternidade e paternidade”, defendeu a dirigente. Frisou a importância de nestes “16 Dias da Ativismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres” voltar ao debate sobre a Lei Maria da Penha, para servir de intimidação aos homens que praticam violência contra mulheres.