Sexta, 01 Junho 2018 00:00

NEGOCIAÇÃO FRUSTRADA - Bancos não avançam no combate ao assédio moral

Os bancos, mais uma vez, frustraram as expectativas dos bancários na mesa de negociação da Comissão Bipartite de Acompanhamento da Cláusula de Prevenção de Conflitos no Ambiente de Trabalho, realizada na segunda-feira (27), na sede da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). O assédio moral foi o tema principal discutido pela Comissão. Os representantes dos bancários ressaltaram a importância da estratificação dos dados de denúncias sobre assédio moral e outros casos de adoecimentos no ambiente de trabalho e a redução do prazo para a solução das denúncias. “Nós precisamos de uma apresentação semestral dessas informações, pois precisamos analisar as denúncias e ter uma visualização melhor sobre o que está transitando e outros tipos de situações ligadas ao assédio moral e saúde do trabalhador”, explicou Walcir Previtale, secretário de Saúde da Contraf-CUT.
Para os sindicalistas, os bancos têm condições de dar uma resposta sobre as denúncias de assédio em, no máximo para 30 dias.
A análise das denúncias recebidas pelo movimento sindical aponta para o aumento do adoecimento psicológico da categoria, inclusive com um número maior de atitudes suicidas.
Os representantes dos trabalhadores entendem que o instrumento vai além de ser um receptor de denúncias e tem como objetivo trabalhar na evolução dos métodos de prevenção de conflitos e melhorias de condições de trabalho.
“O assédio moral é um dos problemas mais graves na categoria. Não é possível que os bancos não avencem e continuem sem atender as nossas reivindicações, ainda mais num tema que repercute diretamente na saúde das pessoas”, critica a presidenta do Sindicato do Rio, Adriana Nalesso.

Mídia