Os empregados da Caixa Econômica Federal realizam nesta quinta-feira, dia 7 de dezembro, uma mobilização nacional contra a intenção do governo Temer tornar o banco uma empresa de sociedade anônima, entre outras medidas promovidas que, na avaliação do movimento sindical, visam a privatização do banco. No mesmo dia, está prevista a realização de uma reunião do Conselho de Administração da Caixa, em Curitiba, para alterar o estatuto da empresa e transformar o banco em uma sociedade anônima. Caso a empresa mude a data da reunião, o dia das manifestações também será alterado. No Rio, está previsto uma panfletagem do Sindicato em unidades da Caixa.
“Todos perdem com a privatização de bancos públicos como a Caixa e o Banco do Brasil, pois o setor privado jamais terá o compromisso social de fazer investimentos para moradia popular, saneamento básico, programas de redução à fome, agricultura familiar e desenvolvimento regional. Por isso, esta mobilização tem que envolver não apenas a categoria bancária, mas toda a sociedade”, destaca a presidenta do Sindicato, Adriana Nalesso.
A Caixa é hoje responsável por aproximadamente 70% dos financiamentos habitacionais do País.
Importância da mobilização
Rita Serrano, representante dos empregados no Conselho de Administração da Caixa, explicou que muitas das medidas que o banco está tomando são consequências da falta de capitalização do banco. “Todo o sistema financeiro tem necessidade de capitalização. Trata-se de uma regulamentação internacional do sistema financeiro. No caso da Caixa, o governo é o único cotista. Caberia a ele aportar os recursos. Mas, o governo não irá fazê-lo para inviabilizar o banco e suas ações. A consequência direta é o corte de crédito, que já está ocorrendo nos programas habitacionais, e a redução de despesas, dentre elas, a alteração da forma de custeio do Saúde Caixa, o corte da gratificação de funções, o fechamento de agências, entre outras medidas que atingem diretamente os funcionários e a população que mais precisa dos serviços da Caixa”, disse.
O Conselho de Administração da Caixa é composto por cinco representantes dos ministérios da Fazenda e do Planejamento, além do presidente da Caixa e apenas um representante dos empregados. Por isso, a mobilização dos empregados e de toda a categoria em defesa da empresa 100% pública é fundamental para derrotarmos este projeto de privatização”, disse o diretor do Sindicato, José Ferreira.