No último domingo, dia 3 de dezembro foi celebrado o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência. Apesar dos avanços conquistados na sociedade, além de enfrentar a falta de acessibilidade nas cidades, estas pessoas ainda são vistas como objeto de desprezo e rejeição.
“Os bancos, por exemplo, não cumprem a lei que determina que empresas com mais de 100 empregados são obrigadas a contratar pessoas com deficiência, o que representa uma barreira na inclusão social destes indivíduos”, afirma a diretora da Secretaria de Políticas Sociais, Kátia Branco.
Exemplos simples do cotidiano revelam que ainda falta muito para que o Brasil trate com respeito as pessoas com deficiência. A maioria dos restaurantes, por exemplo, não tem sequer um cardápio em braile e nem mesmo banheiro acessível.
Bancários lançam campanha
A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e seu Coletivo de Gênero Raça, Orientação Sexual, Trabalhadores e Trabalhadoras com Deficiência (CGROS) lançaram a Campanha Nacional de Combate à Discriminação com o lema “Não é preciso ser para sentir”. O objetivo é sensibilizar a sociedade de que não é preciso ser uma pessoa com deficiência para sentir que o problema é real no país e é preciso combate-lo.
“Não resta a menor dúvida que o governo Temer representa um retrocesso em relação à luta pela igualdade de direitos e contra os direitos humanos. Mesmo quando tratamos das formas de discriminação, as pessoas que possuem algum tipo de deficiência são, muitas vezes, esquecidas e colocadas em segundo plano. É preciso mudar esta realidade”, explica Kátia Branco.