Conselho Deliberativo Nacional da Fenae aprovou documento. Sindicato vai tomar novas medidas cabíveis para garantir a segurança dos trabalhadores

O Conselho Deliberativo Nacional (CDN) da Fenae, a Federação Nacional das Associações de Pessoal da Caixa Econômica Federal, aprovou uma moção em defesa da segurança dos trabalhadores da empresa. A decisão foi tomada durante reunião realizada em Curitiba, nos dias 7 e 8 de dezembro. A proposta da moção foi feita pelo vice-presidente do Sindicato e presidente Apcef/RJ, Paulo Matileti. A direção do banco insiste em transferir os bancários que trabalham no prédio da Avenida Almirante Barroso para um novo edifício no bairro Santo Cristo, uma área de alto risco, com constantes ocorrências policiais. Além disso, o local não oferece estrutura como restaurantes e serviço de transporte público adequado.
O teor do documento
O texto ressalta que o objetivo da moção é “resguardar a segurança e garantir condições de trabalho adequadas” e que, por isso, “o CDN se junta à mobilização das entidades representativas dos empregados da Caixa no sentido de que a direção da empresa busque uma alternativa que não exponha os trabalhadores a violência”.
Abaixo-assinado
Matileti disse ainda que o Sindicato dos Bancários do Rio está avaliando as providências cabíveis para impedir a mudança e garantir a segurança dos empregados.
“Já enviamos um abaixo-assinado para a companheira Rita Serrano, que é a representante dos funcionários no Conselho de Administração da empresa, para ser entregue ao presidente da Caixa, Gilberto Occhi. A região do novo local muito perigosa, inclusive, o próprio prédio em questão, possui marcas de tiro”, disse.
Occhi afirmou que irá blindar o prédio, mas, na avaliação dos sindicalistas, isto ainda não é suficiente, pois os trabalhadores vão ter que se deslocar para o trabalho e descer do prédio para realizar refeições e voltar para a casa, colocando suas vidas em risco. “A blindagem do prédio prometida é a prova de que o local é de alto risco. É preciso proteger a vida das pessoas, pois o funcionalismo é o maior patrimônio da empresa. Queremos dialogar com a direção da Caixa sobre o problema”, completa Matileti.