Os bancários do Rio aprovaram, por unanimidade, na quarta-feira, 13, estado de greve a partir de zero hora desta quinta-feira (14/12), como forma de aumentar a pressão dos trabalhadores contra a Reforma da Previdência.
Nesta quinta-feira, sindicalistas farão uma caravana em Bangu, na Zona Oeste, para dialogar com bancários e a população sobre o tema, alertando para os malefícios da mudança nas regras da aposentadoria.
“Temer mente descaradamente na publicidade do governo. Muitos brasileiros ainda não têm a noção exata da dimensão dos prejuízos que esta reforma traz para a vida dos trabalhadores”, disse a presidenta do Sindicato, Adriana Nalesso. As peças publicitárias afirmam que a Reforma visa “acabar com os privilégios”, o que não é verdade, pois o projeto não mexe na aposentadoria de juízes, militares, ministros, parlamentares e nem do próprio presidente da República. “Somente o trabalhador será sacrificado”, acrescenta.
O Sindicato vai fazer um levantamento de orçamentos de uma campanha publicitária em emissoras de rádio, metrô e busdoor, além de continuar informando a categoria através de seus próprios veículos de informação.
Será levado ainda à CUT e demais centrais sindicais, a proposta de que a greve nacional seja aprovada já no primeiro dia após o recesso parlamentar, no início de 2018, antes mesmo da definição da data da votação do projeto.
Olho vivo
O líder do governo no senado, Romero Jucá (PMDB-RR), declarou no mesmo dia, que “a votação do projeto ocorrerá apenas em fevereiro do ano que vem.” Entretanto, o presidente Michel Temer fez uma declaração que contradiz a afirmação do parlamentar, dizendo “que nada está ainda definido”.
“Não dá para confiar neste governo e no Congresso Nacional, que não escutam a voz da sociedade”, completa Adriana.
Nesta quinta-feira, às 12h30, no Palácio Tiradentes (Rua Primeiro de Março, s/n - Praça XV), deputados estaduais e representantes dos movimentos sociais concedem uma entrevista coletiva à imprensa para tratar do tema.