Sexta, 15 Dezembro 2017 00:00

Consultoria confirma teses do movimento sindical para a Cassi

Na quarta reunião de prestação de contas, resultante do Acordo da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil, no último dia 12, a consultoria contratada, a Accenture, apresentou os resultados de sua análise da Cassi, confirmando as soluções defendidas pelas entidades do movimento sindical. Uma delas, a de que a sustentabilidade do plano de saúde passa pela implementação da Estratégia de Saúde da Família (ESF).

O memorando de entendimento negociado durante dois anos entre a Cassi, o BB, a Contraf-CUT, Contec, Anabb, AAFBB e FAABB estabelece a busca de medidas estruturantes visando a sustentabilidade da Caixa de Assistência. A principal questão levantada diz respeito ao modelo de atendimento, de livre uso ilimitado, com pouca estrutura própria e controle frágil em relação aos prestadores, e que é insustentável diante da realidade contributiva existente.

A consultoria mostrou que, a partir dos estudos realizados no mercado e na própria Cassi, para manter a sustentabilidade a longo prazo são essenciais mudanças na forma de atendimento, relacionamento com prestadores e sistemas de controle. E que a implantação da Estratégia Saúde da Família (ESF) é o caminho para garantir a sustentabilidade financeira do plano de saúde.

Expansão da ESF é urgente

“As informações apresentadas pela consultoria reafirmaram as propostas defendidas pelo movimento sindical. É necessária a implementação das ações estruturantes (ESF, informática, regulação). E, fundamental e urgente, a expansão da ESF”, afirmou Rita Mota, diretora do Sindicato e integrante da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB. “O diretor William Mendes já apresentou estudos comparativos entre a população cadastrada na ESF e a não cadastrada, mostrando que, prevenir doenças ou procurar impedir o seu agravamento reduz a necessidade de procedimentos complexos e, consequentemente, os custos”, argumentou a dirigente.

Houve também durante a mesa a apresentação do diretor financeiro da Cassi, mostrando que existe grande probabilidade de déficit no exercício de 2017, ao contrário das previsões realizadas pelo BB em relação a esse tema. O banco justificou a inconsistência das análises anteriores pelo percentual divergente da inflação médica no período em relação à projetada.

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