Terça, 19 Dezembro 2017 00:00

VETERANO - Previdência Pública está ameaçada com reformas

Outra consequência devastadora para a economia e o desenvolvimento do país é, segundo Romeu Canton, o desmonte que o projeto de desregulamentação das leis do trabalho vai gerar na Previdência Social. Pesquisadores da Unicamp estimam que a “pejotização” de 10% dos trabalhadores hoje celetistas resultará em perda arrecadatória para o INSS de cerca de R$ 15 bilhões, comprometendo o futuro das aposentadorias e a própria existência da Previdência Pública.
Os efeitos nocivos da Reforma Trabalhista sobre a economia, a renda dos trabalhadores e a arrecadação do INSS contradizem as justificativas de sua reforma proposta pelo governo, que seria a “de equilibrar as contas para garantir as aposentadorias dos brasileiros no futuro. Ganharão somente os bancos, que certamente vão vender mais previdência privada.
Outra farsa da publicidade oficial é a de que esta reforma vai “acabar com os privilégios”. Os fundos de pensão e aposentadoria dos verdadeiros privilegiados continuam intactos: ministros, juízes, presidente da República, governadores, prefeitos, fiscais federais e militares. Banqueiros e altos executivos de instituições financeiras privadas também estão longe do sacrifício. Que o diga o ministro da Fazenda de Temer, Henrique Meireles. Somente sua aposentadoria como executivo do Bank Boston é de cerca de R$250 mil por mês.
Nas reformas do governo, os marajás continuam intactos e somente o trabalhador, mais uma vez, paga a conta do sacrifício, com perda de renda, da qualidade nas condições de saúde, de trabalho e, por conseguinte, de vida, e ainda sem o sagrado direito de se aposentar.

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