Quinta, 21 Dezembro 2017 00:00

Santander acusa o golpe: se defende atacando diante da mobilização da categoria.

A regra é clara: banqueiros se calam quando se consideram no controle da situação e atacam quando percebem que estão ameaçados. Nossa pressão contra as medidas arbitrárias do Banco Santander está dando resultado. A nota emitida pelo banco é uma prova incontestável de que a capacidade de mobilização da categoria surpreendeu e incomodou.
E nós estamos tranquilos de que o Sindicato dos Bancários do Rio sempre privilegiou o diálogo. Seja o diálogo com a categoria, seja com o banqueiro. O mesmo não pode ser sustentado pelo banco espanhol que desrespeita não só o trabalhador, como também o Sindicato ao tomar medidas arbitrárias unilaterais, sem o menor diálogo.
Depois de uma grande festa com show de Ivete Sangalo, o banco acreditou ter anestesiado os seus funcionários e anunciou medidas de grande impacto aos trabalhadores, como o aumento abusivo do plano de saúde e o acordo individual para o banco de horas, o que é inconstitucional, já que pela Constituição essa regra precisa ser negociada com o Sindicato. Além dessas medidas, o Santander alterou a data de pagamento de salários e do décimo terceiro e promoveu demissões em massa.
O anuncio de que o banco dará a maior remuneração variável da sua história, nos causa surpresa e revolta, porque essa é uma conquista dos trabalhadores. Os lucros do banco são obtidos pelo esforço das bancárias e bancários que trabalharam arduamente para cumprir metas abusivas sendo vítimas de assédio moral muitas vezes comprometendo a sua saúde.
Como o banco espanhol se diz aberto ao diálogo, esperamos que ele comprove esta disposição e revogue não só as demissões como também as medidas arbitrárias, debatendo abertamente com as bancárias, os bancários e o Sindicato. Nossa regra também é clara: podemos dialogar, mas não deixaremos de pressionar e defender os direitos da categoria.

Adriana Nalesso – Presidenta do Sindicato dos Bancários do Rio

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