Terça, 26 Dezembro 2017 00:00

Garantir a Caixa 100% pública foi a maior vitória do ano

O ano de 2017 foi marcado por uma grande vitória do movimento dos empregados da Caixa Econômica Federal e de toda a sociedade: a manutenção da empresa 100% pública. A conquista foi arrancada com greves e manifestações nacionais, jogando por terra a intenção do governo Temer de transformar a estatal em sociedade anônima, o que seria o primeiro passo na direção da privatização, através da venda das ações do banco em Bolsa.
Para o presidente em exercício do Sindicato, Paulo Matileti, outros fatores importantes foram fundamentais para garantir esta vitória. Citou, entre eles, a unidade do movimento dos empregados da empresa (confederação, federações, sindicatos e todas as associações), a formação e o trabalho intenso do Comitê Nacional em Defesa da Caixa e dos Comitês Estaduais e o papel importante desempenhado pela representante dos funcionários no Conselho de Administração, Rita Serrano. “Ela foi incansável percorrendo o país, articulando a campanha da Caixa 100% Pública, os comitês, e com as prefeituras e o legislativo, além da articulação dentro do próprio Conselho Administrativo”, frisou.
A decisão
Transformar a Caixa em S/A seria abrir o seu capital, o que poria fim ao caráter social do banco, interrompendo o financiamento a importantes programas a juros baixos voltados para a parcela mais carente da população, para a habitação, saneamento, e micro, pequenas e médias empresas. Mas, graças à pressão, no dia 7 de novembro, o Conselho Administrativo decidiu excluir do texto de mudanças no estatuto do banco a ser votado, o trecho referente à transformação em sociedade anônima. Logo após, Rita Serrano comentou a decisão: “Tivemos uma grande conquista, e ela só vem comprovar como é necessário acreditar na luta e ampliar a nossa união em defesa da Caixa pública e de seus trabalhadores”.

Em 2018: unidade e luta

Outra conquista foi a suspensão do processo de fechamento de agências que vinha sendo posto em prática pela diretoria do banco. Sobre a da Rocinha, a superintendência sul explicou que a unidade não foi desativada, mas teve o seu funcionamento suspenso temporariamente devido ao risco à integridade física dos bancários. Também importante, foi a não realização da transferência dos setores do prédio da Barroso para uma área de risco, na Via Binário.
“Para 2018 temos que manter e fortalecer a luta em defesa da Caixa, pois novas tentativas de privatização poderão vir. Outra mobilização será por melhores condições de trabalho, principalmente pela realização de concurso, além da intensificação das mobilizações contra a transferência da Barroso”, enumerou. Para o dirigente, conseguir vitórias vai depender da unidade, como aconteceu este ano, na defesa da Caixa.

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