Quarta, 19 Setembro 2018 22:46

Banco assedia funcionários para forçar aceitação da proposta da Cassi

O banco vem aumentando a pressão sobre o funcionalismo, numa atitude que caracteriza o assédio moral coletivo. Usa de todos os artifícios tentando fazer com que aprovem as mudanças estatutárias. Espalha o terror, disseminando a ameaça de que a Cassi vai quebrar, deixando todos sem atendimento, se a proposta por ele apresentada, sem qualquer negociação, não for aprovada.
O grau de pressão é total. Na sexta-feira a Cassi apresentará, no YouTube, uma programação tentando mostrar por que é boa a proposta que retira direitos em prejuízo dos participantes e passa o controle da gestão para o próprio banco. Quer enganar a quem?
Em outra frente, O BB tem obrigado os gestores a apresentar a sua proposta em reuniões com gerentes de módulo do PSO, repetindo o mesmo em todas as dependências do BB. Nesta sexta-feira, 21, está determinado aos gestores que convidem aposentados com o mesmo objetivo, tendo, inclusive, fixado meta de número de participantes.
Na última terça-feira, o presidente da Cassi, Luis Aniceto Silva Cavicchioli, fez apresentação da proposta no auditório do Sedan pela manhã e à tarde. Foram convocados gerentes gerais e líderes de ECOAs. Ele é o porta voz do banco na defesa desta proposição descabida.

Presidente da Cassi esconde informações

Na reunião de terça feira, o presidente da Cassi fez jus à sua indicação de preposto do banco. Indicado para o cargo, demonstrou habilidade em esconder informações, como a de que a proposta está sendo imposta, não tendo sido instalada nenhuma mesa de negociação.
Aniceto omitiu propositalmente uma série de informações que são extremamente negativas. Em nenhum momento informou que a correção do valor por dependente não seria pelo aumento dos salários/benefícios, mas que seguirá o reajuste de mercado, um valor muito maior.
Em nenhum momento disse que o banco não complementará o pagamento dos dependentes dos aposentados. E, sem ficar vermelho, apresentou uma série de iniciativas que já vinham sendo adotadas por diretorias anteriores da Cassi como se já fossem fruto da mudança do estatuto. Fez uma ginástica impressionante para explicar o inexplicável, que é o poder da decisão “monocrática” pela qual o presidente decide o que quiser em caso de empate em votações da diretoria. É o voto de minerva muito mal disfarçado.

ANS: BB confirma denúncias feitas pelo Sindicato

Em um dos muitos e-mails e “sms” enviados aos funcionários diariamente, a Cassi e o BB acabam confirmando todas as denúncias feitas na edição anterior do Jornal Bancário a respeito da possibilidade de intervenção da ANS. Em entrevista, o gerente jurídico da Cassi, Sandro Roberto dos Santos, corrobora todas as afirmações do Sindicato.
Em síntese, o Sindicato deixa claro que uma eventual intervenção da ANS alcançaria apenas a esfera econômico-financeira da operadora que continuaria funcionando normalmente. Portanto todas as demais alterações ou “pegadinhas” que o BB quer introduzir em sua proposta não fariam parte do plano de saneamento. E que qualquer mudança estatutária continuaria dependendo da aprovação do corpo social.

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