Quarta, 11 Setembro 2024 21:16

Empregados da Caixa tiram dúvidas em plenária para decidir sobre proposta do banco na assembleia desta quinta

Bancários do BB debatem em plenária convocada pelo Sindicato. Foto: Nando Neves. Bancários do BB debatem em plenária convocada pelo Sindicato. Foto: Nando Neves.

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Imprensa SeebRio

A plenária realizada nesta quarta-feira (11/9), à noite, serviu para tirar dúvidas e preparar os empregados da Caixa Econômica Federal a votar na assembleia virtual de quinta-feira (12/9). A proposta inicialmente apresentada pelo banco foi rejeitada pela maioria das assembleias no país.

Em função deste contexto, foi marcada a assembleia desta quinta, cujos participantes terão que responder à seguinte pergunta: você aprova a proposta de renovação do acordo coletivo de trabalho apresentada pela Caixa Econômica Federal?. As opções são: 1) Sim, aprovo; 2) Rejeito e autorizo o Sindicato a encaminhar os procedimentos legais e estatutários necessários para a convocação de greve, por tempo indeterminado, a partir da próxima segunda-feira dia 16/09/2024; e 3) Me abstenho.

Em caso de aprovação, a Caixa se compromete a pagar a primeira parcela da PLR no dia seguinte a assinatura do ACT. Em caso de rejeição, uma assembleia presencial irá deflagrar e organizar a greve, a partir da segunda-feira, 16 de setembro. Esta assembleia ocorrerá nesta sexta-feira (13/9), às 18 horas, na Galeria dos Empregados do Comércio (Avenida Rio Branco, 120, sobreloja).

O presidente do Sindicato, José Ferreira e o diretor da entidade e membro da Comissão Executiva dos Empregados (CEE), Rogério Campanate, explicaram que uma nova proposição foi encaminhada na manhã desta quarta-feira pelo banco à CEE e ao Comando Nacional. É essa proposta que será submetida à assembleia virtual nesta quinta-feira (12/9), das 8 às 20 horas, pelo sistema VotaBem (ver no site do Sindicato).

Campanate explicou que a CEE conseguiu excluir da proposta algumas cláusulas que necessitam de um debate mais aprofundado em razão de seus impactos, notadamente a questão da sétima e oitava horas dos tesoureiros, quebra de caixa e intervalo de dez minutos de pausa a cada hora. “Outra exclusão importante foi a cláusula 33, em que todas as bases aderiam ao acordo específico do Saúde Caixa, rejeitado nas assembleias do Rio de Janeiro”, adiantou.

O dirigente avaliou que, além do recuo da Caixa, nessa nova proposição houve avanços importantes, como a possibilidade, por meio de CCV, da inclusão da incorporação da gratificação de função, do Complemento Temporário Variável de Ajuste ao Piso de Mercado (CTVA), do Complemento Temporário de Cessão (CTC), do Porte Unidade e do Adicional Pessoal Provisório de Adequação ao PFG (APPA), para os contratados até 10 de novembro de 2017, e o tenham exercido por dez anos ou mais e que tenham sido destituídos da função gratificada por motivos de interesse da administração.

O banco também se comprometeu com a formação de um grupo de trabalho para negociar o fim do teto de 6,5% da folha para o custeio do Saúde Caixa. Também se comprometeu a discutir o direito dos empregados admitidos após 2018 de manter o plano de saúde (Saúde Caixa) após a aposentadoria.

Com relação à PLR Social, os negociadores do banco mantiveram a regra do ACT 2022/2024, sem alterações, garantindo o pagamento de forma integral. Com relação à Funcef, na proposta a Caixa se comprometeu a debater com as entidades sindicais e dar continuidade aos estudos sobre equacionamento, contencioso e outras questões ligadas ao fundo de previdência.
Com relação à diversidade, a proposta prevê a inclusão no ACT, de comitês com a participação das entidades, para o debate de questões ligadas aos grupos minorizados, como mulheres, negros e LGBTQIA+. Prevê, ainda, prioridade aos empregados PcD e empregados pai/mãe de dependente PcD na movimentação entre unidades.

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