Carlos Vasconcellos 

Imprensa SeebRio 

Com informações da Contraf-CUT 

A Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa Econômica Federal cobrou, nesta quarta-feira (7), em reunião realizada em São Paulo, que o banco valorize o trabalho de todas as empregadas e empregados no pagamento do Bônus Caixa. Os dirigentes sindicais reivindicaram também para que se promova a chamada “substituição em cascata”, nos casos de colegas que precisem cobrir as tarefas daqueles que precisarem se afastar temporariamente, e pague os devidos salários das funções que sejam realizadas.

Bancários endividados 

Outro problema enfrentado pelos bancários da Caixa é similar ao que acontece com os demais trabalhadores da categoria: o endividamento causado pelos altos juros praticados pelos bancos no Brasil, os mais altos do mundo. 

 A CEE-Caixa pediu que a empresa aplique a menor taxa possível para os empregados da ativa e aposentados que solicitem empréstimos consignados.

Prata da casa 

Outra cobrança feita pelo movimento sindical foi para que sejam observados os pedidos de transferências dos empregados registrados no Movimenta Caixa, antes mesmo das contratações de novos empregados aprovados no último concurso público, dando prioridade à "prata da casa", como se diz na gíria do futebol.  

Gipes e Repes 

A representação dos empregados também cobrou a rápida estruturação das Gipes (Gestão de Pessoas) e Repes (Representação de Pessoas), para que elas possam, o mais rápido possível começar a desempenhar sua função plena e, desta forma, sejam solucionados problemas regionais que prejudicam o dia a dia de trabalho e a qualidade de atendimento do Saúde Caixa.

“O banco tem acolhido nossas reivindicações e dito que podem ser estudadas soluções, mas ainda não trouxe nada de concreto para que a gente possa apresentar para o conjunto das empregadas e empregados”, disse o diretor da Contraf-CUT e coordenador da CEE, Rafael de Castro. 

“A promessa era a de que no início de agosto as devolutivas sobre nossas reivindicações nos seriam apresentadas. Esperamos que na semana que sejam trazidas as respostas”, completou.

Cadê as propostas? 

Os sindicatos criticam a ausência de respostas concretas para os empregados da Caixa tanto na mesa esoecífica quanto na mesa do Comando Nacional dos Bancários com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).

"Diante da falta de propostas concretas nos bancos públicos e privados e na mesa geral com a Fenaban, estamos convocando a categoria a participar do Dia Nacional de Lutas na próxima segunda-feira, dia 12" destacou o presidente do Sindicato do Rio José Ferreira. 

"Esperávamos já uma proposta nessa semana para as nossas reivindicações, o que lamentavelmente ainda não ocorreu. O que pode ser destacado como positivo é a concordância da empresa em realizar estudos para minimizar os impactos do endividamento dos colegas, especialmente os casos mais críticos, e o esclarecimento de que as Gipes realizarão atendimentos para orientar os empregados com relação às licenças e ao Saúde Caixa, cabendo à Ceret e à Cesad apenas a operação desses processos", avaliou o diretor do Sindicato do Rio e representante da CEE-Caixa, Rogério Campanate.