Segunda, 08 Fevereiro 2021 15:02

Funcionários do BB em estado de greve contra o desmonte fazem paralisação nesta quarta

Olyntho Contente

Imprensa SeebRio

Em assembleia virtual pelo Vota Bem, na última sexta-feira (5/2), os funcionários do Banco do Brasil entraram em estado de greve e aprovaram uma paralisação nacional de 24 horas, nesta quarta-feira (10/2), Dia Nacional de Luta e Luto. Durante a paralisação todos devem vestir uma peça de roupa preta, que já se transformou na marca registrada da mobilização contra o processo de privatização do BB, que se iniciou com a reestruturação. Neste dia proteste pelas hashtags #MeuBBvalemais#BBLutoeLuta e #BBSemCaixasNão.

Tanto o estado de greve quanto a paralisação foram propostos pela Comissão de Empresa dos Funcionários (CEBB), como forma de barrar o desmonte e abrir negociação com a direção do banco em relação aos impactos da redução da remuneração, em até 70%, e outros gerados pela extinção da função de caixa executivo, fechamento de agências, postos de atendimento e escritórios de negócios. A negociação é importante também para que sejam conhecidos detalhes do plano de redução da estrutura do banco que continuam fechados a sete chaves.

O estado de greve é um alerta para que a direção do banco e o governo abram negociação para que se evite a deflagração da greve. Para Rita Mota, diretora do Sindicato e membro da CEBB, é necessário entender que o processo de privatização do banco já começou, não apenas com o plano de enxugamento dos custos da folha de pagamentos e da estrutura do Banco do Brasil, para tornar mais atrativa a sua venda, como da campanha sórdida feita por setores da mídia empresarial, para ‘queimar’ os funcionários do banco, tentando cravar sobre eles a pecha de ‘marajás’.

“A campanha é a mesma, já foi usada por Fernando Henrique Cardoso e tem que ser combatida por todos. E a forma de responder a este ataque covarde e imoral é através de uma mobilização coletiva nacional, que expresse a nossa indignação, sabendo que tudo isto está acontecendo porque trata-se de tentar desmoralizar o BB para justificar a sua privatização que já está em curso”, avaliou.

Como o banco continua se recusando a negociar, a Contraf-CUT acionou o Ministério Público do Trabalho (MPT) que convocou o BB para uma reunião no último dia 3. Nela, se comprometeu a submeter os esclarecimentos exigidos pela entidade ‘à instância superior’ e trazer as respostas nesta segunda-feira (8/2).

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