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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
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Imprensa SeebRio
Nesta quarta-feira (13/1), às 18h30, os funcionários do Banco do Brasil vão participar de uma plenária virtual pelo aplicativo Zoom. O objetivo é organizar a luta contra o plano de reestruturação do BB.
O desmonte foi imposto pelo governo Bolsonaro em meio à pandemia, reduz a rede de agências do banco, corta salários, funções gratificadas e prevê a redução de 5 mil postos de trabalho. As medidas a serem impostas neste primeiro semestre de 2021, preveem o fechamento de 361 unidades, sendo 112 agências, 7 escritórios e 242 Postos de Atendimento (PA), além da conversão de 243 agências em postos de atendimento e a ‘transformação’ de 145 unidades de negócios em Lojas BB, estes dois últimos, sem gerentes e guichês de caixa.
A Comissão de Empresa dos Funcionários realizará reunião também nesta quarta-feira. Vai discutir um calendário nacional de lutas e de mobilização dos funcionários. Para Rita Mota, diretora do Sindicato e membro da Comissão, o desmonte já se constitui na privatização do BB, ao abrir espaço para os concorrentes privados, dentro da estratégia do governo de reduzir os serviços públicos prestados à sociedade brasileira. O enxugamento da estrutura e o corte dos salários já são a preparação para o plano de privatização do BB similar aos de outras estatais e todo o setor público.
Redução salarial
Com o fechamento de agências e a sua transformação em PAs, serão cortadas funções gerenciais e de módulo, tendo o banco anunciado, também, a extinção do pagamento contínuo da gratificação de caixa. Os funcionários destas atividades sofrerão uma redução salarial significativa. Os caixas passarão a receber como escriturários. Como parte do plano de desmonte do BB, o governo federal, maior acionista individual do banco, pretende dispensar mais de 5 mil funcionários através do Plano de Adequação de Quadros (PAQ) e do Plano de Desligamento Extraordinário (PDE).
Segundo documento ao mercado, intitulado “Informação Relevante”, assinado por Carlos José da Costa André, vice-presidente de Gestão Financeira e Relações com Investidores, o plano está sendo imposto para ‘adequar’ o BB ao novo perfil dos clientes que se utilizam dos canais digitais, ‘esquecendo’ que no Brasil, 47 milhões de habitantes simplesmente não têm acesso à internet. E para economizar R$ 353 milhões em 2021 e R$ 2,7 bilhões até 2025, mesmo com lucro líquido de R$ 10,189 bilhões nos primeiros nove meses de 2020, dentro da política de diminuição do Estado e de ajuste fiscal.