Imprensa SeebRio 

O Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro realizou nesta quarta-feira (16), um ato em defesa da Previ, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil. 

A atividade, que fez parte de uma mobilização nacional na data em que a entidade completa 121 anos, ocorreu em frente à sede da entidade, na Praia de Botafogo.  

O movimento sindical protestou contra tentantivas de entregar a gestão da entidade, hoje realizada pelos próprios associados, ao mercado já que há interesses privados de olho nos R$ 270 bilhões de 200 mil associados e associadas, o maior fundo de pensão fechado da América Latina e considerado uma referência de gestão para outras instituições similares pelo mundo. 

Auditoria do TCU

Desde fevereiro deste ano, a Previ está sob uma auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União). 

A Previ já entregou à entidade auditora, indicada pelo TCU, mais de 2 mil documentos. O relatório preliminar encaminhado à Corte não registrou nenhuma irregularidade na Previ. Ainda assim, no dia 9 de abril, o plenário do TCU aprovou uma ampliação da auditoria, com argumentos que contrariam os resultados da própria auditoria preliminar.

Interesses do mercado

O movimento sindical não é contra auditorias na entidade, mas denuncia interesses privados no fundo dos trabalhadores. 

"A Previ completa 121 anos. É uma data para comemorarmos o sucesso do fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil que é um sucesso desde a sua fundação. Mas é também um dia de luta, por isso os bancários do Rio se somaram a esta mobilização e contra os ataques que a entidade vem sofrendo", disse o presidente do Sindicato do Rio José Ferreira. 

"Está clara a intenção, que não é nova, de colocar um dos maiores fundos de pensão da América Latina nas mãos do mercado. Estamos aqui para denunciar e resistir a esta ação orquestrada de agentes do sistema financeiro e da mídia contra este que é um patrimônio dos trabalhadores", acrescentou Ferreira. 

"Este ato é o início de uma luta contra mais uma ameaça contra os funcionários do Banco do Brasil, os verdadeiros donos da Previ. Os funcionários administram o fundo de pensão desde a sua fundação e vamos continuar administrando muito bem. Não temos medo de nenhum tipo de auditoria e queremos transparência, mas não aceitamos que interesses de terceiros se sobreponham aos interesses dos associados da Previ", afirmou Rita Mota, diretora do Sindicato e representante da CEBB (Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil). Compareceu ao ato o Deputado Federal Reimont (PT/ RJ).