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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
No último domingo, 27 de julho, será celebrado o Dia Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho. Para os bancários, a data evidencia o quanto ainda há a avançar em termos de saúde laboral. A categoria está entre as que mais sofrem com afastamentos por doenças relacionadas à atividade profissional.
Apesar de os bancos representarem apenas 0,8% dos empregos formais no país, respondem por 1,5% do total de afastamentos por doenças. Os dados, apresentados pelo Comando Nacional dos Bancários à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) durante a Campanha Nacional Unificada de 2023, revelam a gravidade da situação. Só em 2022, foram registrados no Brasil 105,2 mil afastamentos acidentários, sendo 3,7% deles de bancários. Já os afastamentos previdenciários somaram 928,5 mil casos, dos quais 1,5% envolveram trabalhadores do setor bancário.
Os bancos figuram, assim, entre os setores com maior risco de doenças ocupacionais no Brasil. A Consulta Nacional dos Bancários de 2024, com a participação de 46.824 bancários e bancárias de todo o país, confirmou que o adoecimento mental causado por metas desumanas, assédio moral e o medo constante da demissão é uma das maiores preocupações da categoria — afirma Edelson Figueiredo, diretor executivo da Secretaria de Saúde do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro.
Entre as funções mais afetadas, estão: gerente de agência (12,3 afastamentos para cada mil vínculos), gerente de contas pessoa física e jurídica (11,4 por mil), e caixa de banco (11,0 por mil).
As doenças mentais e comportamentais já são a principal causa dos afastamentos, respondendo por 57,1% do total. Em seguida, aparecem os casos de LER/DORTs (lesões por esforço repetitivo/distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho).
— Essa realidade não pode continuar. Os bancos precisam reconhecer o nexo causal dessas doenças, claramente relacionadas à sobrecarga, à pressão por metas inalcançáveis e ao assédio moral — ressalta Edelson.
(Consulta Nacional dos Bancários – 2024)