Sexta, 06 Junho 2025 14:48
PRIMEIRO TRIMESTRE

Lucro da Caixa sobe 71,5% e banco tem condições de acabar com o teto de gastos no Saúde Caixa

Faturamento é fruto do trabalho dos empregados e mostra que a empresa pode atender as reivindicações dos sindicatos
José Ferreira (E), Sérgio Amorim e Rogério Campanate numa atividade da Caixa: o Sindicato defende melhores condições de saúde e de trabalho para os empregados da Caixa José Ferreira (E), Sérgio Amorim e Rogério Campanate numa atividade da Caixa: o Sindicato defende melhores condições de saúde e de trabalho para os empregados da Caixa Foito: Nando Neves

 

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

A Caixa Econômica Federal obteve um lucro líquido de R$4,9 bilhões nos três primeiros meses de 2025. O resultado extraordinário representa um aumento de 71,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados na última quinta-feira (5).

A carteira de crédito encerrou o mês de março com saldo de R$1,26 trilhão, crescimento de 10,7% em relação ao mesmo período do ano passado. As despesas administrativas caíram 4,9% em relação ao primeiro trimestre de 2024.

 

O papel social do banco

 

É de se destacar também, a importância do papel social da Caixa, que mantém a liderança no crédito imobiliário, garantindo juros menores e representando 66,8% de todo o mercado financeiro na concessão de crédito para a casa própria.

 "Um olhar mais atento ao resultado da Caixa e veremos uma queda nas receitas nas operações de crédito e, em contrapartida um aumento nas receitas relativas ao oferecimento de seguros, capitalização e cartão de crédito, comercializados pelo banco, mas através de empresas terceirizadas. Isso representa um desvio no foco do papel central das políticas públicas operadas pela estaral", disse o presidente do Sindicato do Rio de Janeiro José Ferreira.

 

Reivindicações dos empregados

 

Com um dos maiores crescimentos nos lucros do setor financeiro nos três primeiros meses deste ano, a Caixa tem todas as condições de atender as reivindicações de seus empregados e empregadas. Um exemplo é a necessidade de melhorias na qualidade e na sustentabilidade do Saúde Caixa. Na negociação com a CEE (Comissão Executiva dos Empregados), no dia 28 de maio deste ano, a direção do banco não aceitou o fim do teto de gastos de 6,5% da folha de pagamento da empresa, antiga reivindicação dos sindicatos. O teto foi criado durante o governo Michel Temer, em 2017, frustrando os trabalhadores. 

 

 

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